O Grande Prêmio do Bahrein de 2025, disputado no último domingo (13 de abril) no Circuito Internacional de Sakhir, já é apontado por muitos como a melhor corrida da temporada até agora. Em uma prova repleta de reviravoltas, estratégias ousadas e momentos de tirar o fôlego, a Fórmula 1 entregou um espetáculo que ficará marcado na memória dos fãs. Oscar Piastri brilhou com a McLaren, Max Verstappen enfrentou dificuldades inesperadas, e a Mercedes sofreu com problemas técnicos que abalaram suas chances de pódio. Vamos mergulhar nos detalhes dessa etapa eletrizante!

A corrida começou com uma largada digna de cinema. Oscar Piastri, que garantiu a pole position no sábado com uma volta magistral de 1m29s841, manteve a liderança na primeira curva, apesar de uma tentativa agressiva de George Russell, da Mercedes. O britânico, largando em terceiro, saltou para segundo ao superar Charles Leclerc, da Ferrari, que caiu para quarto após ser ultrapassado também por Lando Norris. A McLaren, que dominou os treinos livres, mostrou que estava pronta para transformar o ritmo em resultados.
Enquanto isso, Max Verstappen, da Red Bull, largava em sétimo, após uma classificação prejudicada por problemas no carro e pit stops lentos durante o fim de semana. O tetracampeão, conhecido por sua capacidade de recuperação, enfrentou um desafio árduo em Sakhir, com a Red Bull sofrendo para encontrar o equilíbrio ideal no circuito abrasivo do Bahrein.

Piastri liderou com autoridade, abrindo vantagem volta após volta. Sua condução precisa e a estratégia impecável da McLaren foram fundamentais para segurar Russell, que, mesmo com um carro competitivo, não conseguiu acompanhar o ritmo do australiano. Norris, por outro lado, enfrentou uma penalidade de cinco segundos por posicionamento incorreto no grid, mas ainda assim garantiu o terceiro lugar, completando um pódio dominado pela McLaren e pela Mercedes.
A vitória de Piastri foi a quarta de sua carreira e a segunda em 2025, consolidando-o como uma das estrelas em ascensão da categoria. “Foi uma corrida incrível. O carro estava perfeito, e a equipe fez um trabalho fantástico. Sakhir é especial, e vencer aqui é indescritível”, declarou o australiano após a prova.
Para Max Verstappen, o GP do Bahrein foi um pesadelo. Após conquistar a pole e a vitória no Japão na semana anterior, o holandês esperava manter o embalo, mas a Red Bull enfrentou problemas desde os treinos livres. Durante a corrida, Verstappen lutou com falta de aderência e dois pit stops desastrosos, que o fizeram perder posições cruciais. Ele terminou em sexto, salvando pontos importantes, mas longe do pódio.
“Não foi nosso dia. O carro não respondia como queríamos, e os pit stops complicaram tudo. Vamos analisar e voltar mais fortes”, disse Verstappen, visivelmente frustrado. Apesar do resultado, ele segue na briga pelo campeonato, apenas um ponto atrás de Lando Norris, líder com 62 pontos.
A Mercedes, que parecia pronta para desafiar a McLaren, sofreu um golpe duro. George Russell, que batalhou pela liderança nas primeiras voltas, foi prejudicado por uma falha no sistema de energia do carro, que comprometeu seu ritmo na segunda metade da prova. Andrea Kimi Antonelli, o jovem italiano que impressionou ao liderar parte do GP do Japão, também enfrentou problemas técnicos, terminando fora da zona de pontuação. A equipe, que soma 75 pontos no Mundial de Construtores, deixou Sakhir com mais perguntas do que respostas.
Toto Wolff, chefe da Mercedes, admitiu as dificuldades: “Tivemos um carro competitivo, mas os problemas técnicos nos custaram caro. O Bahrein é um circuito exigente, e precisamos entender o que deu errado para evoluir.”
O brasileiro Gabriel Bortoleto, estreante pela Sauber, terminou em 18º, após largar na mesma posição. Apesar de mostrar lampejos de velocidade, ele sofreu com o desempenho limitado do carro e com pneus duros que não renderam após o pit stop. “Foi uma corrida dura, mas cada volta é uma lição. Vamos continuar trabalhando”, afirmou o campeão da Fórmula 2. Mesmo sem pontos, Bortoleto segue como uma promessa para o futuro do Brasil na F1.
O Circuito de Sakhir, conhecido por sua superfície abrasiva e altas temperaturas, testou pilotos e equipes ao limite. A prova noturna, a primeira de 2025, trouxe um charme extra, com as luzes refletindo no deserto e as estratégias de pneus variando entre compostos macios, médios e duros. A ausência de chuva, ao contrário do GP da Austrália, permitiu uma corrida fluida, mas com muita ação nas ultrapassagens e disputas no pelotão intermediário.
Charles Leclerc, da Ferrari, terminou em quarto, seguido por Lewis Hamilton, que teve uma atuação discreta em sua nova casa. A Ferrari, com 35 pontos no Mundial de Construtores, ainda busca consistência para brigar com McLaren, Mercedes e Red Bull.
O GP do Bahrein marcou o início de uma rodada tripla asiática, que continua na Arábia Saudita entre 18 e 20 de abril. Com a McLaren liderando o Mundial de Construtores com 111 pontos e Norris na ponta entre os pilotos, a temporada promete uma disputa acirrada. Verstappen, mesmo após um fim de semana difícil, segue como favorito, enquanto Piastri e Russell despontam como protagonistas inesperados.
A Fórmula 1 de 2025 está apenas começando, mas o GP do Bahrein já mostrou que não faltarão emoções. Se essa corrida é um indicativo do que está por vir, os fãs podem preparar o coração para uma temporada inesquecível. Que venha Jeddah!